
Irritei-me…
- Novembro 02, 2022
- por
- Patrícia Teixeira de Abreu
Hoje irritei-me.
Às vezes não me apetece estudar. Não me apetece mesmo. Apetece-me desligar e ficar sossegada entre livros e passeios ao pé do mar. Hoje foi um desses dias.
E fomos adiando o estudo até que o peso na consciência ganhou e lá tivemos de pegar no inglês. Zero vontade, pouca atitude, paciência limitada.
Já tínhamos visto a descrição física e psicológica de uma pessoa infinitas vezes, por isso no meio da discussão do “não quero estudar hoje”, “isso não é hipótese”, “não é justo”, “mas quem te disse que a vida é justa” e outras frases do género disse-lhe “Eu já fiz o 6.o ano, quem tem de estudar és tu. Faz lá a composição que eu corrijo”. E ela fez. E aquilo estava tão mau mas tão mau que eu disse “ Nem corrijo isto. Vai estudar e escrever as palavras e depois fazes outra”.
E ela ficou ofendidíssima. Esforçou-se e eu nem me dignei a corrigir. Pensei num livro da Carol Dweck que se chama “mindset” que explica que temos de premiar o esforço e não o resultado e senti-me uma péssima mãe. Claro que chorou, e usando o seu superpoder da comunicação em três frases sem qualquer ofensa ou má criação no que disse acabou comigo. E eu pensei “Ai miúda às vezes sou mesmo muito mais infantil que tu”.
Lá me levantei do “knock out” psicológico e depois de um abraço e de um envergonhadíssimo “desculpa” voltámos ao inglês.
Estratégia: Lemos um texto com descrições de várias pessoas, tirámos ideias e escrevemos em bullet points a sua própria descrição, da mãe e da Madalena. Como se sentiu ouvida rapidamente se comprometeu a estudar e a escrever as palavras e as frases para ganhar elasticidade mental para a coisa.
Amanhã é outro dia, mas a Francisca ensina-me todos os dias a ser uma melhor mãe e uma melhor líder também.
Ps- Aprendizagem 2 de hoje: Começar a estudar com ela no estado emocional errado não é opção. Mais vale procurar outro momento, porque a forma como abordamos o trabalho é absolutamente crucial para o resultado.