
Desacelerar & “Destralhar”
- Novembro 15, 2020
- por
- Patrícia Teixeira de Abreu
Giro, giro é que escrevi este post antes de Setembro, longe de pensar em novos confinamentos, e fins de semana de recolher obrigatório e crianças irritadinhas em casa again… ( a ignorância às vezes é tão boa!)
Para mim o meu ano novo é em Setembro, por isso gosto de chegar a Setembro com os temas pendentes tratados.
Antes das nossas férias, as miúdas foram de “férias de mãe” e a casa ficou em silêncio. Resolvi aproveitar o sossego e não ter os habituais 350.000 eventos marcados que por um lado adoro mas por outro lado me deixam de rastos.
Achei que este ano, o que precisava mesmo era de descansar e “destralhar” depois de tantos meses em casa em regime de trabalhos forçados. (comentário actual : Ah Ah Ah…não sabia o que dizia, está visto!). Levei o processo mesmo à séria: “destralhei” a casa e “destralhei” corajosamente (diga-se de passagem) a alma. Foi um autêntico Detox altamente revitalizante!
Fiquei só eu, simplesmente a sentir o tempo a passar sem a pressão de ter os 350.000 compromissos, sem ter os trabalhos da Francisca nem almoços ou jantares, ou birras. Soube-me pela vida. Elas chegaram e eu já estava nova e com a energia no máximo.
O impacto emocional desta paragem foi fundamental. Confesso que no início estava receosa de não conseguir desacelerar. Mas desacelerar é absolutamente fundamental se queremos avançar. Ajuda-nos a ver mais claro e confronta-nos com escolhas que temos de fazer e permite-nos respirar. Ninguém aguenta o mesmo ritmo sempre e a dislexia não tem de ser um bicho papão que nos consome à exaustão.
Entretanto nas minhas arrumações,focada em “destralhar” freneticamente, encontrei este urso em pasta de açúcar que fiz para a Madalena quando fez 9 anos ( já tem 14) e que representa o meu desacelerar na altura. Eu sem jeito nenhum de mãos (zero mesmo) fiz o Paddington em pasta de açúcar para o bolo da miúda com os tutoriais à frente.
Hoje desacelero de outras formas, mas o importante mesmo é percebermos 2 coisas: a primeira é que somos o que queremos se não nos auto limitarmos (a sério se alguém como eu faz um urso destes, é porque o céu é o limite!) e a segunda é que não interessa qual a estratégia que tenhamos, mas é preciso ter uma estratégia para diminuir o ritmo e … “destralhar” o que já não faz sentido.
PS- No seguimento do post anterior da Francisca (A mãe está off), já desacelerei, “destralhei” algumas preocupações, deleguei tarefas (mesmo com as reclamações do sindicato) , e estamos prontas para uma semana de preparação para os testes!