RE-SI-GNI-FI-CAR
- Julho 20, 2024
- por
- Patrícia Teixeira de Abreu
Hoje o João, o pai das minhas filhas, faria anos.
Por isso não houve pressa em acordar, programas desencontrados nem a azáfama de já estarmos atrasadas para uma qualquer combinação de fim de semana. Foi um dia em slow motion fluido e sem pressas.
Acordaram tarde e eu não acordei ninguém na esperança de como por magia saltassem o dia. Dei por mim a pensar que quanto mais tarde acordassem mais rápido passavam o dia. Como se o tempo diminuísse a intensidade da falta. Não diminui, mas nós pais ficamos sempre angustiados com a tristeza dos nossos filhos.
Sem grandes planos acabámos por fazer um brunch em casa pouco planeado mas com os mimos preferidos de cada uma. E foram juntando ao dia o importante para cada uma: aquela praia especial, a missa com sentido, o bolo preferido do pai, os amigos e a família.
São as 3 tão diferentes que é difícil saber ser o colo certo para cada uma. Independentemente de tudo aprendo sempre com estas miúdas. Ensinam-me que às vezes é mesmo preciso deixar a vida acontecer e não ter medo de dar espaço a todas as emoções sem ceder à tentação de consolar a todo custo. Resignificar é uma aprendizagem que demora tempo.
Ps- Fotografia da Francisca ontem super feliz depois da sua apresentação do musical do ATL com as suas 13 “falas” todas decoradas e depois de dedicar o musical ao pai que iria sentir um super orgulho.