
Day Off
- Fevereiro 28, 2020
- por
- Patrícia Teixeira de Abreu
Nos 2 meses e meio de férias de Verão trabalhámos todos os dias. A terapeuta disse-nos que ela podia ter um dia de folga por semana. Antecipei que gerir o dia de folga com a miúda ia ser um stress. Iria aproveitar para negociar todos os dias para que fossem dias de folga e iria transformar uma coisa boa numa ansiedade constante. Então preferi estipular que iríamos trabalhar todos os dias. Primeiro refilou, depois tentou negociar e por último aceitou. Um dia, depois de muitos de trabalhos seguidos, disse-lhe: Hoje é o teu dia de folga. Ficou radiante. Aproveitou ao máximo (mais ou menos como se lhe tivesse saído o Euromilhões).
É óbvio que aproveitei a folga para gerar compromisso e reforçar que é preciso trabalharmos de alma e coração para que coisas boas e inesperadas aconteçam.
Ela aprendeu que as coisas inesperadas são muitas vezes as melhores e eu aprendi a dosear as minhas expectativas, porque ela ainda não tem maturidade para apreender a folga como uma motivação extra – pelo que ganhei no dia seguinte uma valente birra.
Mesmo assim valeu muito a pena!