Autoestima

Este ano a vida ensinou-nos a aproveitar cada dia como se fosse o último. Isso dá um sentido grande de gratidão por aquilo que temos e desvaloriza,na medida do possível, o que falta. Este ano as mudanças são imensas e por isso é mesmo bom aproveitar o que ainda se mantém.

Enchemos os nossos dias de coisas incrivelmente simples mas tão boas que fazem com que um dia de férias saiba a 15. Nem fazia ideia que era possível…mas é!

A Francisca anda radiante, sem trabalhos e a facturar como gente grande na praia a vender pulseiras. A dislexia também tem coisas boas: a capacidade de trabalho e resiliência. Hoje depois de uma tarde de vendas menos produtiva dizia com um ar sério:

– A tarde foi mesmo fraca. Só recebi desprezos…
Eu ri-me
– A sério?
– Sim, mas a manhã compensou. Acho que sou uma empreendedora mãe.
– És mesmo miúda!

Na verdade continuo a acreditar que é preciso incentivar a experimentação independentemente do resultado. A loja das missangas,o trabalho de equipa com os primos, a noção de investimento, e o cálculo do lucro são por um lado ótimas formas de aprender e por outro uma grande oportunidade de explorar alguns dos superpoderes da dislexia: criatividade, comunicação e resiliência. Se juntarmos a isso uma boa facturação ui, ninguém a segura!

E por aí que estratégias utilizam para reforçar a autoestima das vossas crianças?